30.10.06

demodê?


Gente, o beijo caiu em desuso e eu não fiquei sabendo?
Falo do beijo entre casais, do beijo mais simples mesmo, daquele selinho de oi e tchau.

Pergunto isso porque venho me surpreendendo com uma observação do meu cotidiano. Todo dia, busco meu marido em uma estação de trem que existe no fim da minha rua. Paro o carro em frente à entrada/saída e espero o Lú aparecer na catraca. Geralmente, chego alguns minutos adiantada e, claro, fico observando o movimento de pessoas. Adoro! Para ser sincera, me divirto olhando os modelos errados, as peruas de saltos altíssimos andando tortas ao fim de um dia, e os adolescentes bobos e barulhentos. Mas o que tem mais me intrigado, é o comportamento dos outros casais. Sempre tem mais alguns carros junto ao meu, e na maior parte das vezes é alguém esperando seu par, assim como eu. A pessoa chega, entra no carro, o motorista dá a partida e eles vão embora. Exatamente isso. Ninguém dá beijo de "oi". Ninguém. Nunca. Sério mesmo. E dá para perceber que é um casal. E mesmo que fosse pai, mãe, irmão! Eu vejo minha família e vou direto beijar.

Eu acho muito estranho essa constatação, triste até, pois o meu caso é totalmente diferente. O Lú sempre vem caminhando até nosso carro sorrindo pra mim, sempre estamos com saudade, e SEMPRE nos beijamos quando ele entra no carro. Acho isso primordial, e nem fazemos "no automático", nos beijamos realmente porque sentimos a falta um do outro e queremos esse carinho. O que acontece com os outros casais? Rotina? Poxa, eu e o Lú estamos juntos há mais de 5 anos e não deixamos de nos beijar porque todo dia é igual.

O que será que acontece com esses casais, inclusive tão jovens quanto a gente? Acabou o amor? Juro, já senti vontade de bater na janela deles e dizer:

- Ei, vocês não se beijam mais?

24.10.06

Prazer, meu nome é Palhaça.

O que eu odeio profundamente na vida de freelancer (o que eu fiz pra merecer isso? queria ser funcionária!), é a burrocracia das empresas, principalmente as enormes, no quesito pagamento.

eu: - Ah, Fulana Famosa, adorei o briefing. Te entrego tudo dia X. Vamos nos falando por msn, telefone, emails e afins. Obrigada, tá?

- Ah, só mais uma coisa: como é o pagamento?

Fulana Famosa: - Ah, sim, claro, o pagamento: Você manda essa LISTA de documentos para a Menina do Pagamento, pro email Y. Ela vai te explicar como é.

Menina do Pagamento: Mande os documentos e a imagem (!) do seu cartão do banco, scaneado (!!), frente e verso (!!!). Daí, em ATÉ 48 horas o RH te dá o ok sobre seu cadastro. Depois do ok, você precisa me entregar sua nota com 9 dias úteis de antecedência da sua data de pagamento, que pode ser 1, 17 ou 25.

eu: t - t - tá........

10 dias ÚTEIS depois:

- nem sinal do ok do RH.

- minha nota foi "perdida" por 1 semana e, claro, começaram a contar os dias úteis do dia em que ela apareceu

- Fulana Famosa fala que falta eu entregar uma mísera coisa do trabalho (o equivalente a cereja de um bolo confeitado de 5 andares) e que, enquanto isso, não autoriza o pagamento da redatora idiota. Claro, ela só fala isso hoje, quando você jura que em dois dias recebe.

Isso mesmo, caros amigos, enquanto não entregar a maldita cereja, nem começa a contar os dias para o pagamento. Mas pra quê falar essa besteirinha pra redatora idiota que trabalhou 16, 17, até 18 horas por dia durante 11 dias ininterruptos? Bobagem, né? Quem precisa do dinheiro?

Hummmmmpf!

23.10.06

Mea Culpa

Vergonha, vergonha, vergonha.

Nunca mais escrevi no meu blog!

Acho que vou retomar a brincadeira.

Aguardem!

29.5.06

O que você tem que passar para comprar um simples sapato.



Sabe o que eu amo? Sapatos.

Sabe o que eu O-D-E-I-O?? Vendedor de sapato.

Não é preconceito, vejam bem. Não tenho nada contra a profissão pouco glamourosa de alguém. O problema é uma característica comum a todos os seres que vendem sapatos: a capacidade infinita de irritar.

- Oi, eu gostaria de ver aquele modelo pretinho e essa bota cinza. Os dois 37, por favor.

- Pois não, minha flor (?!), sente-se alí confortável que eu já trago esses dois “modelinhos”. Um instantinho.

Penso comigo: eu pedi 2 modelos, aposto que ele vai descer com N caixas.

Há! Dito e feito.

(TODO vendedor de sapatos quer mostrar uma dúzia de modelos, jurando que com isso nós vamos escolher, e levar, vários pares. É ISSO que eu odeio neles. Fora a coisa de sempre fazerem a linha do íntimo comigo, chamando de flor, princesa, Rê...Argh!!)

Vejo de longe o indivíduo carregando umas 5 caixas, equilibrando-as feito um pateta. Me deu aquele calorzinho no cérebro, típico de quando tenho vontade de estrangular um vendedor de sapato.

Tá tudo aqui, minha flor. Só que o pretinho eu só tenho 36, mas vai dar (!).

- O quê? Comassim* vai dar? Você acha que meu pé é de tamanho variável, conforme lhe convém? Se não tem 37, basta não trazer nada.

- Sim, então experimente a bota cinza que a senhora pediu. Tá no tamanho!

Experimento a bota e não gosto.

- Não ficou legal no pé.

- Eu trouxe esses outros modelinhos! Dá uma olhada nessa bota (já enfiando no meu pé).

- Amigo, essa bota é horrorosa. Não tem nada a ver com o meu estilo. Eu te pedi apenas dois modelos porque eu só gostei deles. Se eu tivesse gostado dessa bota feia, eu tinha apontado ela na vitrine.


Eu, já putíssima, finalizei: - Bom, não gostei de nada, então fica pra póxima.

- Como?? Não vai levar nada???? Queisso, vamos lá na vitrine de novo e a senhora vai achar algum modelinho que goste e...

- Q-U-E-R-I-D-O, obrigada.

E já fui saindo da loja com taquicardia.

O pior não é nem sair da loja sem o “modelinho” que queria. Pior ainda é pensar que, por causa disso, vai ter que entrar em outra loja e começar tudo de novo.

* "Comassim" roubado discaradamente da Ju. Gostei ué! rs


5.4.06

Tanga

Ataque de riso, minha gente.

Minha irmã enviou o link e eu não acreditei!!
E olha que sou "mãe" de lindos cães, que mimo até demais, diga-se de passagem .

Mas isso??? hahahaha.

22.3.06

Pingos de saudade


Incrível como a chuva, mesmo bonita, tem a capacidade de me deixar bem melancólica às vezes. E isso acontece, já pude perceber, por conta de lembranças da minha infância.

Quando éramos pequenos, dia de chuva era dia de festa. Sabe como é criança, qualquer motivo é motivo e, no nosso caso, acho que gostávamos tanto porque eram dias de situações um tanto inusitadas para nossas pequenas rotinas infantis. Por exemplo: Geralmente, só em dia de chuva minha mãe fazia bolinho...de chuva. E mais: ir para a escola às 07 h, com chuva torrencial, só se tivéssemos prova. Era indescritivelmente delicioso despertar e perceber que não tínhamos ido à escola! Aí descíamos correndo, felizes, e perguntávamos pra nossa mãe:

- Por que não fomos à escola???

- Porque eu fiquei com dó, ué!

Nossa, isso era muito bom! Ficávamos eufóricos, porque sabíamos que, naquele dia, nossa mãe ficaria mais pertinho da gente. É que só nessas ocasiões ela largava o serviço de casa e se sentava conosco pra assistir sessão da tarde com chá e bolinhos.

Mas afinal de contas, se são lembranças gostosas, por que então eu fico melancólica?

Ora, porque tudo isso já passou e não tem volta! Nunca mais sentirei da mesma forma o gosto dos bolinhos de chuva, pois quando somos crianças o gosto das coisas é diferente mesmo. Porque não posso mais assistir sessão da tarde sem sentir culpa e, principalmente, porque minha mãe não fica mais a tarde inteira me paparicando enquanto a chuva cai lá fora. Resumindo, porque às vezes é tão difícil ser adulto, que dá uma saudade insuportável de ser criança.


p.s: até a foto aí de cima combinou com a saudade que eu sinto hoje.


Manias

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do recrutamento. Ademais, cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blog."


Afe, olha o que o Julis me obrigou a fazer!!!! rs

Terei que expor cinco de minhas esquisitices mais particulares.

Bom, então lá vai... Não quero ninguém me zoando depois, heim?

1ª mania: Essa é, sem dúvida, a maior. Acho que pode ser considerada até um T.O.C *, de tão maníaca...rs. Seguinte: Sempre, sempre, sempre que estou dirigindo eu somo os números das placas dos carros que passam por mim até o último dígito e até começar a ficar ansiosa e com dor de cabeça. Louca! E não consigo deixar de fazer isso, a não ser que eu esteja atrasada, por exemplo, porque daí me concentro em ficar puta da vida. rs

2ª mania: Irritar meu marido fazendo algumas das coisas que ele mais detesta, como por exemplo: apertar suas gordurinhas salientes, mexer na sua orelha ou cutucar sua cara atrás de cravos. hihihi

3ª mania: Acho essa péssima, mas vamos lá, tenho que enfrentar: Quando estou sozinha, gosto de sentar pra comer fumando e assistindo tv. Tudo ao mesmo tempo. Eu sei, eu sei, essa é péssima, principalmente pela parte do cigarrinho na mesa.

4ª mania: Escrever distraidamente em qualquer pedaço de papel sem sequer olhar o que é. Exemplos: guias de exames, notas fiscais, contas ainda não pagas, folha de cheque (!) e até em livros que eu amo. Faço por compulsão, então nem atento se o papel que estou usando é importante.

5ª mania: Ficar clicando no Enviar/Receber do outlook express compulsivamente.


  • T.O.C: sigla para Transtorno Obssessivo Compulsivo, uma doença psicológica que leva as manias das pessoas até as últimas conseqüências.


Agora, parem de rir das minhas manias e vão escrever as suas que eu estou louca pra rir da cara de vocês tb...rs.



*update*: quem me enfiou nesse mar de lama maníaca foi o Julis. Eu passei só pra Zel e pra Dri Spaca, pois todos os outros blogueiros que realmente gosto já estão participando.

21.3.06

Só por hoje

Meu nome é Renata, tenho 31 anos e já estou há 14 horas de volta à www.

21.2.06

Admiração


Gosto muito do U2. Dancei muito, nos anos 80, ao som de clássicos da banda.
Mas não me sinto fã, no sentido total da palavra, para ir ao show.

Mas olha, admiro Bono Vox. Além da capacidade nata de transferir emoção, seja cantando ou defendendo os direitos humanos pelo mundo afora, ele demonstra ser aquele cara legal, sabe?? Sabe aquele cara que todo mundo conhece, boa gente, que sempre te dá uma animada quando vc tá precisando, que é leal e "tamos aí pro que der e vier"? Pois é, essa imagem que eu tenho dele. Eu queria ser AMIGA dele. rs. Fora que o cara poderia ficar em sua mansão relaxando, curtindo a família, mas não, se enfia onde quer que seja preciso pra incentivar a paz, o perdão, o humanismo. Puta cara gente fina!

O show em SP foi emocionante sim, mesmo para aqueles, como eu, que não são fãs verdadeiros. A emoção dele tb era visível. Confesso que chorei quando ele pediu pra o povo repetir o gesto de abrir seus celulares quando o estádio ficou escuro pela segunda vez. Realmente, era linda a imagem. Aquele manto negro com milhares de pontos de luz brilhante. Bono viu, pediu bis, e o povo atendeu prontamente. Adorei!

Quem foi deve ter guardado uma lembrança deliciosa na mente.


crédito da foto: Flávio Florido, Folha Imagem.

11.2.06

daqueles assuntos chatos...

Vi o link no QL, da Rosana, e fui ler o texto que Ricardo Kotscho fez ontem para sua coluna no site No Mínimo. Muitíssimo lúcido e bem escrito, o texto fala sobre os diversos episódios de crianças abandonadas em rios e outros lugares absurdos nos últimos dias.

Minha opinião: acho que algumas mulheres deveriam nascer sem útero. Isso mesmo, sem o órgão capaz de gerar uma criança. Porque simplesmente não merecem ganhar um presente tão lindo e caro para depois embalar num saco de lixo e atirar no rio. Percebem o disparate? Se ganhassem uma blusa que não as servisse, dariam pra alguém, venderiam, trocariam por outra coisa, mas provavelmente não jogariam num rio. Por que, então, não colocam seus filhos não-desejados na porta de uma igreja, de uma boa casa de família, ou em qualquer instituição? Mesmo que na porta, vá lá, pra não serem identificadas, mas não num rio, feito lixo. Enquanto isso, muitas mulheres sonham em ter um bebê e não conseguem, mesmo com as significativas evoluções da medicina.

E não me venham falar que a falta de esclarecimento, dinheiro ou estudo é a causa. Porque o valor de uma vida não se aprende em escola, é intuitivo. Não há justificativa possível, a não ser, TALVEZ, a insanidade; o que não é o caso (pelo menos não oficialmente) das mulheres envolvidas nos últimos dias.

Espero, honestamente, que essas mulheres paguem pelo que fizeram. Se não pela justiça dos homens, que seja pela justiça de Deus.

8.2.06

Santo UOL casamenteiro

Um dia, ela lê:

(00:09) Mestre Cylinder fala reservadamente: Oi, podemos tc?

Em seguida, ele lê:

(00:10) Mulher/26/SP fala reservadamente: Oi! Desculpe, já estou ocupada conversando com duas pessoas. Sorry!

Ele diz: ok.

Ela diz: até mais.

De repente:

(00:12) Fulano sai da sala.

(00:13) Sicrano sai da sala.

Ela pensa: Ahhn?? Que estranho!

Então:

(00:18) Mestre Cylinder fala reservadamente: E agora, podemos tc?


Ela vivia procurando.
Ele já tinha achado, ou pensou que tinha.

Ela estava quase desistindo do amor.
Ele queria mais é bater papo, fazer amizade...

Ela já tinha sofrido muito.
Ele também.

Ela morava ali.
Ele, logo ao lado.

Ela tinha 26, ele ainda ia completar.

Iam às mesmas baladas, mas nunca tinham se esbarrado.

Ela mandou foto.
Ele também.

Ela gostou.
Ele já chamou pra sair.

Trocaram telefones.
Três dias depois, se encontraram no metrô.


Quatro anos depois, ela lê:


Oi, amor, tudo bem?
O que tem pro jantar hoje? Hehehe

Bjos,

Te amo!!


Ela sorri sozinha e responde:

Oi neném,

Não sei, o que vc está à fim de comer?
Peça que eu faço pra vc!

Tb te amo!

Beijos.


Uns chamam isso de destino. Outros, de sorte.

Eles dois, porém, preferem apenas pensar que foram feitos um para o outro, e que tinha mesmo que ser assim.


6.2.06

Rélou?

Dá até raiva.

Tem um figura parado aqui na minha rua, em frente ao meu portão, mas do outro lado, fazendo algo inusitado pra uma segunda-feira.

Nêgo tá sentado no monza "dorado" e filmado, com a porta do passageiro aberta, sem camisa, de boné pra trás e óculos escuros espelhados escutando um Putsi Putsi NO ÚLTIMO VOLUME.

Carai, será que ele "tá ligado" que a semana começou?

Se eu tivesse nascido no Japão...

Your Japanese Name Is...

Mayako Sasaki



Adorei!
Principalmente porque, pela fotinho, eu seria calma, zen, tranquila e quietinha.

;o)

Pequenos milagres

Sabe aquelas pessoas que sabem usar muuuuuuuuuuito bem o Photoshop??
Eu apóio que eles ganhem horrores de dinheiro e fiquem milionários.

Eles são praticamente os arte-finalistas de Deus.

Exemplos??

Clique aqui, escolha uma imagem, que será ampliada, e passe o mouse por cima.

2.2.06

Sacanagem

De mula eu não tenho dó. Afinal, ninguém as obriga a entrar num avião carregando droga no corpo. Pelo contrário, geralmente são elas que procuram os traficantes porque estão afim de ganhar uma grana fácil sem nem pensar nas consequências.

Mas ISSO é sacanagem, e das grossas.

Eu não gosto de quem judia de animais. Eles não podem gritar por socorro, não podem dizer aonde dói nem quem os maltratou, muito menos pedir para que não injetem nada em seu corpinho que os faça correr alto risco de morte. Por mim, essas pessoas podem mofar na cadeia tanto quanto qualquer assassino ou estuprador.

Olhem a foto do meu primogênito e me digam se é normal alguém querer fazer mal a essas criaturinhas...



Leve

Ontem à noite fiz um feijão preto lotado de calabresa defumada, paio e bacon.
Estava inacreditavelmente gostoso, modéstia à parte.
Comemos só com arroz branco, vinagrete-veneninho e farrrrrôfa.

Nham! Delícia.

Mas não estou preocupada, afinal rezei bastante antes de dormir e acho que fui absolvida, pq nem má digestão eu tive...E olha que bati um pratão de respeito, sem dó.

Que graça!


Nunca mais reclamarei do meu amor roncando...


1.2.06

Eu sinto vergonha alheia!



A frase "Eu sinto vergonha alheia" faz cada vez mais sentido para mim.
Eu tenho, e muito, esse sentimento. Aquele embaraço, muitas vezes até solitário, de ver, ler ou ouvir a besteira de alguém tem se tornado tão comum, que me leva a crer que as pessoas têm cada dia menos noção, educação e, claro, a boa e velha falta de vergonha na cara.

Mas ainda pior é quando esta pessoa é bonita, inteligente, culta, viajada, estudada, bem empregada e amiga das pessoas certas, aquelas que abrem portas. Porque pra mim é aceitável que uma pessoa que não teve oportunidades seja “”” ignorante “””, mas alguém com todo esse valor? Inconcebível.

Estou falando neste assunto, ainda pasma, por causa de uma coisa absurda que li em um blog que acompanho há anos, não por admiração à dona, é verdade, mas porque lá rolam assuntos que me interessam, como gastronomia, teatro, cinema e boa música. Mas hoje o assunto era outro: li, embasbacada, a mocinha afirmar que NÃO contrata estagiários vindos de faculdades (citou algumas) que julga serem fracas, inferiores. Isso é, no mínimo, pré-julgamento. Sem se falar na segregação, na falta de consciência moral e no erro de falar sobre o que não se conhece a não ser pelo que “ouviu falar”, porque nem de São Paulo a poderosa é, e as faculdades listadas são todas daqui.

Claro, existe mesmo uma grande quantidade de faculdades realmente péssimas. E existem também aquelas que já foram ruins e conseguiram se transformar em boas opções, porém sem se livrar do estigma que faz com que pessoas, como a tal dona do blog, as julgue mal, sem nem conhecer ou ler a respeito antes de falar.

Analisando mais profundamente, independente da qualidade dessas faculdades, acho que ninguém deve ser barrado em uma seleção porque não carrega no currículo nomes como USP, PUC, FAAP, Cásper Líbero, ESPM e outras. Porque uma faculdade com professores ruins realmente prejudica o aluno, mas se ele for dedicado, consciente e batalhador, vai fazer sua parte muito bem feita - estudando, pesquisando, correndo por fora. E esses merecem a chance de um bom emprego, não? Mesmo porque, não há como saber se a pessoa é um bom candidato a qualquer vaga apenas por palavras escritas em um currículo, e também sempre se pode demitir um profissional que não se mostrou adequado. Além do mais, e se o candidato com faculdade de peso no cv era o pior aluno da turma, um vagabundo nato, que passava de ano só porque alguém dava uma força? E se teve ótimos empregos apenas porque conhece as pessoas certas e ganhou indicação?

Por isso é que não se deve generalizar; acho que é impossível adivinhar se alguém é ou não um bom profissional sem que se trabalhe com ele. Isso sem se falar no talento – conheço excelentes profissionais que nem sequer pisaram em uma faculdade.

Fora isso tudo, tem também a questão da consciência cidadã. Que moça mais elitista! Porque qualquer um sabe que hoje em dia só entra nas top faculdades dois tipos de aluno: os muito inteligentes e os que podem pagar caro pelos melhores cursinhos (leia-se Anglo, Poli e Intergraus). Mesmo assim, não é garantido, porque tem também a questão da sorte - nas boas faculdades há muitas pessoas disputando pouquíssimas vagas, como todo mundo sabe.

Resumindo, só ganha emprego, ou melhor, estágio (o que é ainda mais cruel, pois a pessoa está começando e o intuito é mesmo aprender) no grande portal em que a moça trabalha, aquele que foi sempre beneficiado. Ou seja, se depender de sua cabecinha de merda, a elite continuará no poder e os pobres continuarão nos subempregos.


Que vergonha alheia, meu Deus!
p.s: não, eu não vou dar o endereço do blog da moça, mesmo morrendo de vontade...rs

27.1.06

Uns



Concordo muito com o educador Paulo Freire que dizia, entre outras coisas, que a melhor escola é a escola da vida. O que aprendemos no dia a dia, em situações corriqueiras e até muito comuns, nos dá uma bagagem indispensável para o aprendizado e, inclusive, para a alfabetização. Por isso, acredito que o que nossos pais ensinam, juntamente com o que nossos olhos captam do mundo ao redor, é fundamental para o desenvolvimento da nossa cultura pessoal. Falo sobre isso porque tenho um bom exemplo dentro da minha própria vida.

Lembro bem, deveria ter uns 8 anos, quando meu pai chegou em casa com o novo disco do Caetano Veloso, o Uns. A empolgação dele era quase infantil. Jogou a mala no sofá e foi logo tirando o disco, envolto em plástico, da capa roxa e rosa com a foto do Caetano novinho, em preto e branco. Colocou e começou a escutar. Minha mãe veio da cozinha, nós (eu, Dani e Tico) nos aproximamos e ouvimos juntos, faixa por faixa. Tinha ali Eclipse Oculto (adoro!!), Você é linda, É hoje o dia e mais um monte de músicas maravilhosas, que aprendi a cantar inteirinhas, já naquela época. Foi um momento muito marcante, porque me lembro de ter ficado tão interessada, mesmo tendo apenas 8 anos, que comecei a fazer um milhão de perguntas sobre o Caetano e suas músicas pro meu pai, que respondia com o maior gosto e cheio de sabedoria, porque de música Seu Oton entende.

Depois disso vieram as lições sobre Chico Buarque (pra mim, o verdadeiro rei), Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Gil... E eu fui me apaixonando cada vez mais pela nossa música. Hoje, esses artistas e suas músicas ainda me emocionam; gosto de cantá-las, de comentar as letras, de sentir a mensagem de cada um. E, pra ser sincera, ainda suspiro quando vejo Chico Buarque e seus olhos verde-esmeralda na televisão.

Vejam bem, tenho 30 anos, quase 31 (ai! rs) e poderia muito bem ficar dentro “da moda” e gostar apenas de bandas e cantores (as) modernos, que são a cara da maioria das pessoas nessa faixa de idade. É claro que eu gosto de muita coisa atual, considero meu gosto até bem moderno, mas o que gosto MESMO, de verdade, é da nossa MPB. Melhor, da MPB dos meus pais. Me orgulho muito dessa cultura que eles passaram pra mim e pros meus irmãos, e espero poder passar também aos meus filhos e sobrinhos, porque hoje em dia, apesar de existirem novos compositores e intérpretes muito bons, nenhum deles me deixa tão arrepiada quanto aqueles que escutávamos juntos, sentados em almofadas, na frente do 3 em 1 lá de casa.




24.1.06

âmbar cinza

Só as palavras santas curam.

Fila do açougue do Barateiro (eu não acostumo com CompreBem).
Eu, com pressa, era a segunda da fila. Pensei: tranqüilo, vou esperar.
A dona, que estava na minha frente acompanhada de sua filha gorduchita (daquelas crianças com cara de demônio e meio ridiculinha...rs), pede: 1 quilo disso, meio daquilo, 750 grama daquele dalí e eu lá...pézinho já batendo, nervosa.

O açougueiro, com a maior paciência do mundo, entrega tudo à dona, que pega, olha com cara de débil e fala, com uma boca meio mole:

- Nhái, essa daqui vo querê picada!

Pooooorrra, pq não falou antes? Meu coração já tava disparado de ódio. O açougueiro então, coitado, nem conseguiu disfarçar. Desembalou o acemzão, jogou com gosto no mármore e picou.

Nisso, a fiote da demo começa a tossir alucinadamente. Uma tosse tipo de quem tá engasgado, sabe? Mas ela não estava, era apenas ridiculinha. E a mãe esperando a carne e olhando a filha, meio sem ação. E a criança lá, soltando o pulmão pela boca. Daí a mãe comenta: - Nossa! E a menina tossindo mais. A mãe: Virge Maria! E a menina não parava. De repente, do nada, no meio da tossideira toda, a mãe me solta essa, falando alto e gesticulando o desespero:

- Misericórdia!!!

cof cof cof

- Fala Misericórdia, Juju!

cof cof cof

- Pelamo...Miser...Juju! Afe!

(aqui eu tava LOUCA de vontade de rir!)

E começa a chacoalhar a menina, eu e o açougueiro pasmos.

- Mas fala Misericórida de uma vez, Juju! berra a dona histérica.

E a menina, roxa, consegue parar, dar uma respirada e fala baixinho, meio molenga e sem ar:

- miijericóóórrdia...

Então a mulher ficou feliz, a criança aquietou, e saíram andando, carne na mão, com aquela paz que só quem recebe uma graça consegue ter...

23.1.06

1º Beijo

Quando era pequena, íamos muito ao Rio de Janeiro, visitar uns amigos dos meus pais.
Eles eram (são!) um barato. Super engraçados, gozadores, notívagos (eu já gostava da idéia desde pequena), desencanadíssimos. Íamos bastante mesmo, pelo menos 2 vezes por ano, durante muitos anos. Numa destas vezes, conheci o Marcelo, um sobrinho desses amigos. Eu tinha 10, ele 14. Menino moreno, cabelos cacheados, carioca até o último R. Eu era daquelas meninas suuuuper tímidas, bobinhas até, que ficava vermelha até por ter que responder a chamada na aula. O Marcelo não, ele já era esperto, galanteador, bagunceiro e, pasmem!, sedutor. Um dia, os pais dele, super legais, deixaram ele fazer uma festinha no apartamento, sem a presença de nenhum adulto, e fomos convidados - eu, meus irmãos e meus primos. Me lembro que eu já estava afim dele, mas disfarçava super bem, já que morria de medo de alguém, qualquer pessoa, perceber (lembrem-se, eu era uma concha, de tão tímida) meus sentimentos.

Bom, fomos na festinha.

Lá, aquela coisa: Dire Straits (!) tocando, refrigerante (pepsi) rolando, a moçada se soltando, e eu só de "butuca" no Marcelo. Até que a porta se abre e me entra uma garota linda. Agora, relembrando, a cena me vem à cabeça até em slow motion, de tão impactante que foi. A menina era toda moderninha pra época: sarada, morenaça, abusada (usava um micro shorts amarelo, me lembro bem, com a calcinha enfiada na medula), vaporosa e, claro, namoradinha do Marcelo. Entrou e deu um beijo nele, na boca! Aquilo, em 85, era praticamente ser piranha, o homem é que tomava as atitudes. Eu, lá no meu canto, me lembro de ter ficado tããão desapontada, que até doeu. Mas tudo bem, a festinha passou e os dias também. Chegou a hora de ir embora. Resolveram que todos nos levariam à estação de trem (naquela época existia o famoso e delicioso trem de prata, usávamos sempre nas nossas viagens ao Rio), pois tudo para aqueles cariocas virava festa. ok. Estamos na porta do trem, malas já guardadas, os últimos abraços sendo dados, os adultos todos distraídos em suas piadas. Deveria faltar uns 10 minutos pra embarcarmos quando o Marcelo pega na minha mão, me puxa pra dentro do trem e diz, todo suave: - Me leva pra ver como é o trem por dentro? E eu fui. Eu, a inocente, fui. Lá na cabine, eu, a inocente, parecia uma guia turística: - Essas são as camas, aqui é o banheiro, aqui é o...Eis que ele me agarra e me dá um beijo. Mas um beijo mesmo, absurdo, aquela língua...afe. Quanta emoção! Naquele minuto, achei que iria derreter de vergonha e "prazer" (muitas aspas nesta hora, afinal eu tinha10!). Quando terminou, ele me abraçou e depois saiu em silêncio, me deixando na cabine sozinha, até o pessoal entrar e o trem partir.

Claro que minha vida mudou alí. Eu tinha descoberto o beijo, aquele desconhecido. E tão nova!
Mas também descobri o medo, a aflição, a angústia desenfreada. Sabe por quê? Eu achava que estava grávida! Isso mesmo, achava que com aquele beijo ele tinha me engravidado. Eu não tinha noção das coisas ainda! Minha mãe ainda não tinha me chamado para AQUELA conversa. Passei dias até com dores na barriga, de tão crente naquilo. Até que não aguentei e contei pra minha prima mais velha, que já tinha 20 na época. Depois de rolar e passar mal de tanto rir, ela me explicou tudo. Me senti tão aliviada, tão leve de novo...Eu não era uma perdida, uma criança que carregava um filho na barriga! Eu era apenas inocente, muuuuito inocente, quase retardada...rs.

Sabem do mais engraçado? Poucos dias depois, acho que de tanto nervoso que eu passei, eu fiquei mocinha, tive minha primeira menstruação. Daí então, finalmente, eu e minha mãe tivemos AQUELA conversa, de mãe pra filha, tão constrangedora mas tão útil na vida de uma menina. Foi assim que, no mesmo mês, em 1985, eu tive meu primeiro (e inesquecível) beijo, minha primeira mesntruação, a primeira conversa séria com minha mãe e, claro, minha primeira decepção amorosa, porque não sei se alguém reparou, mas o Marcelo tinha namorada! E eu nunca mais o vi.

19.1.06

...

Como vc se sentiria se estivesse num lugar (qualquer um!) e, de repente, tivesse a sensação de que um trem te atropelou?

Como vc se sentiria se, ao mesmo tempo, vc suasse frio, estando com calor; se seu coração, ao invés de bater, pulasse freneticamente dentro do seu peito; se sua garganta fechasse, negando a você o direito de sentir o ar subir e descer, te deixando bastante preocupado (não tô respirando?); se tudo à sua volta rodasse de uma forma estranha e lenta e, de repente, vc tivesse uma vontade incontrolável de sair correndo???

Se sentisse um medo profundo, sem nenhum motivo aparente??????

E se TUDO isso te acontecesse sempre, durante ANOS????

Terrível, não?

Deus me livre, você diria.

Pois é...é terrível mesmo.

Tirando um pêlo da irmã via web

Agora a pouco a minha irmã me fez rir muito, com um post do seu blog. Por causa daquela história, me lembrei de outra, fantástica, protagonizada pela Dona Daniela.

Lembram-se do programa Caso Verdade, que passava na Globo no comecinho dos anos 80? Era um tremendo dramalhão, onde contavam histórias verídicas e dolorosamente tristes, como se fosse uma novelinha. Era cada coisa de lascar! Minha mãe sempre chorava.

Bom, daí que nós não éramos crianças tipo peste, mas aprontávamos as nossas. Um dia, a Dani fez alguma coisa muito séria, que eu nem me lembro mais, e apanhou. E a Dani chorava muuuuito, e escandalosamente, toda vez que chorava. Depois de levar os tapas, subiu pro nosso quarto, onde eu provavelmente estava estudando angelicalmente. Se jogou na cama, enfiou a cabeça no travesseiro e CHOROU muito. Eu, que era uma irmã bondosa e preocupada com os irmãos menores, fui consolar.

- Não fica assim, Dani. Vc aprontou, fazer o quê?

E ela gritando, dizendo que a mãe tinha batido muito, que tinha doído, que não era comigo (casca...rs), etc. De repente, no meio do discurso auto-piedoso, ela vocifera vermelha de raiva e pranto:

- Ela vai ver! Vou mandar minha história pro Caso Verdade e ela vai presa!


Hoje, eu dou muita risada quando lembro, mas na época fiquei desesperada, achando que ela ia fazer isso mesmo e que minha mãe ia presa.

hahahahahaha.
Como crianças são ridículas!


Quando crescer, quero escrever assim!

Alfredo e Jaime se encontraram após o expediente e acabaram conversando por um longo tempo.
- Rapaz, você viu o que aconteceu com a Léia? - perguntou Jaime.
- O João se mandou com uma marafona e deixou ela na pior, ao deus-dará.
- E foi boa a barganha?
- Ah, a figura é uma peça. É pior que arroz-de-festa, todo mundo já deu uma beliscada.
- Então como é que o João foi entrar numa?
- O cara tá vidradão, seu. Parece até que ela solta uma grana pra ele também.
- E a Léia, como é que tá?
- Tá lá, com o menino e a menina, pequenininhos. Sem eira nem beira. Arame nem pro P.F.
O João aí foi merduncho. Tô com medo da Léia pirar.
- Mas a Léia é ponta-firme, é pedra-noventa, agüenta o tranco. Além do mais, tem sempre as vizinhas pra consolo e um pessoal amigo que sempre arranja algum. Eu acho que ela se apruma.
- Sei não. Ela rogou uma praga dos infernos no João, ameaçou até desgraçar os meninos pra meter pavor nele. Não duvido que ela faça besteira.
- Ouve que eu te dou de graça: é puro fricote de rejeitada, manja? Eu acho que ela não vai dar bandeira, vai ficar na dela. A bichinha tem picardia.
- O João já andou dizendo que se ela não largar do pé dele, vai radicalizar pra cima dela. E você sabe que aquele bicho quando tá baseado fica muito louco. É bem capaz disso.
-Isso é bazófia. Eu acho que ele não vai ser quizilento de querer horrorizar. E a Léia, quando passar esse astral ruim, ela vai juntar os cacos e recomeçar, é certeza.
- Deus te ouça e permita, Alfredo.


Se alguém souber de quem é essa crônica, favor me avisar, porque eu ADOREI o estilo, mas onde encontrei não deixa claro se é ou não do escritor João Antônio Ferreira Filho.

sinônimos

din-din
bufunfa
money
tutu
ten-ten - esse meu pai que inventou pros filhos pequenos :o)
faz-me rir
grana
aqué
dóla - assim mesmo, estilo "anarfa" - rs
arame
"algum"
"nenhum"
ouro


Tantas formas de chamá-lo e ele nunca me escuta...

:0) ou :´´((( ?????????

Como assim??

12.1.06

"Anda em capa de letrado muito asno disfarçado"

Mais um livro de Paulo Coelho saindo.
Enquanto isso, há verdadeiros poetas vendendo livretos nas calçadas da Av. Paulista, na Praça Benedito Calixto...

Ai, ai.

Paranóia

Sou web redatora, com quase 6 anos de experiência.

Tenho um currículo de respeito, com pomposos nomes de empresas e clientes brilhantes já atendidos. Adoro minha profissão, sempre gostei de escrever.

Puxa, você diria. Que maravilha.

Pois é. Mas...

Estou desempregada.
(puxa, como é difícil escrever isso assim, letra por letra, quase como uma confissão)

Tá certo que fiquei cerca de 2 anos batalhando por um comércio próprio, uma loja que não deu certo, mas fechei em julho passado, a frustração já passou e agora quero voltar pro mercado de web. Urgente.

Mas não é assim tão fácil.

Vejam só: enquanto uma agência costuma ter cerca de 10, 15 profissionais de design, ou seja, aqueles que fazem toda a arte dos sites, redator é sempre 1, no máximo 2. Não que não tenha trabalho, tem, e muito, mas é que o desenvolvimento de um layout pede muitos detalhes e diversos tipos de profissionais (designers, programadores, diretores de arte, de criação, etc), enquanto que a parte de texto pode muito bem ser resolvida por apenas um, acompanhado, talvez (raro, na verdade), de um revisor, pra agilizar o processo. Com isso, enquanto abro Clickjobs, Catho, Apinfo e afins e me deparo com dezenas de vagas para web designer, fico bem feliz no dia em que encontro UMA vaga para web redator e posso enviar meu currículo. Às vezes, demora muuuito tempo, meses até, pra pintar uma vaga decente.

Isso me deixa um pouco frustrada, e às vezes muito desesperada. E é nesses dias que fico mandando cvs incansavelmente, pra um sem número de agências. "Noiada" atrás de um emprego como um freak atrás de seus baratos. Fico ansiosa, não durmo quando alguém demonstra interesse e responde ao e-mail, enfim, entro num processo acelerado e doloroso, porque a espera é um veneno que consome devagar. E, apesar da grande fé que eu tenho, às vezes desanimo e penso em mudar de profissão, só pra me mover, me sentir viva, ganhar meu din-din, como faço desde os quinze anos. Mas aí lembro que talvez eu que esteja muito afoita, tomada pela ansiedade, e esquecendo que as coisas realmente acontecem somente quando têm que acontecer. Porque se não fosse assim, eu não teria tido as oportunidades maravilhosas que tive e não teria construído um currículo tão legal.

Então, eu continuo.
Até que alguém me diga: E aí, quando você pode começar?


6.1.06

Mulherzice

Sabe aqueles livros deliciosos, bem MULHER? Daqueles bons de ler entre um inteligente e outro. Então...já li o primeiro (Delírios de consumo de Becky Bloom), o segundo ( Delírios de consumo na 5ª Avenida) e agora estou louca, noiada, com o terceiro livro de Sophie Kinsella - As listas de casamento de Becky Bloom. Ahh, apaixonante. Ela é como todas nós, mulheres. Ela quer cremes, sapatos Prada, saias Miu Miu, viagens românticas, perfumes caríssimos, bolsas chiques, mas não quer ter que pagar a conta. Fica louca, se descontrola, estoura os 985 cartões de crédito e paga mil micos, mas é uma fofa....
Daqueles livros que vc entra na história, imagina a cara da personagem, do namorado dela, como é o apartamento, as roupas...Muito bom. Também adorei a série de livros Bridget Jones, que é no mesmo estilo.

De vez em quando, pra acalmar os neurônios, vale a pena!

De volta a nossa programação normal.

Olá.
Sentiram minha falta?
Humpf... O que estou falando? Eu não tenho leitores! Ou melhor, tenho poucos, e são daqueles que nem podem reclamar minha falta, pois estão na minha vida quase que diariamente. Também...o blog foi criado recentemente e, logo depois, meu HD queimou e nada de internet. Não que eu queira ser uma Cora Rónai, muito menos uma Rosana Hermann, mas pô, quero gente que leia e comente!
Aliás, vou eu comentar. O que é, hoje em dia, ficar sem internet? Pra mim é quase uma dor! E não tem que ser qualquer internet não senhor, tem que ser no mínimo um Vírtua 600, que é pra não empatar, poder abrir 10 sites ao mesmo tempo, com MSN conectado, baixando músicas, plugins, etc. Será que sou eu?? Porque vou falar, esses quase 2 meses sem internet me deixaram retardada. Até dormir cedo eu ia, vejam só. Horror, horror.

Aliás, a internet entrou na minha vida com força, desde os tempos das BBSs, em 1994, .
Ligava o computador, ia tomar banho, jantar , bater papo com família querida e, mais de uma hora depois, ainda tava aquela coisa...
C-o-n-e-c-t-a-n-d-o.................Aguarde!
Mas eu tinha paciência, pois já naquela época, em que deveria existir uns...100 sites no mundo todo? (hahaha), eu já achava aquilo a invenção do fogo pra minha vida. Quando apareceu icq então...

Nossa, meus pais gastaram muito dinheiro com aquela diversão que acabaria, em 2000, tornando-se minha profissão. Hoje sou web redatora. Procurando emprego, mas sou.
Até marido eu arrumei na net! rs. E não foi daqueles casamentos fogo de palha dos chats não. A coisa é sólida! ;o)

Resumindo, não sei o que ainda está por vir...nanotecnologia, robôs aplicadíssimos, conexão mental...sei lá. Mas duvido, mesmo, que essa minha paixão passe assim...Duvido!